domingo, 2 de setembro de 2012

Neverland – o reino de Michael Jackson



A história de Neverland começou quando Michael foi gravar o clipe da música “Say, Say, Say”, com Paul MacCartney, em 1.983.

Lá, Michael conheceu o Vale de Santa Ynnes e se apaixonou pelo local, por causa da traquilidade. O local fica em Santa Barbara, a 250 km. de Los Angeles. Quis, então, ter uma propriedade lá e se interessou pelo então Rancho Sycamore, de 11 quilômetros quadrados. Acontece que o rancho não estava à venda. Mas Michael, como sabemos, não conhece o significado da palavra “não”: insistiu até que conseguiu comprá-lo. Seu advogado, na época, já era John Branca,o mesmo que agora, é executor de seu testamento.

Quando as pessoas perguntavam a Michael o motivo pelo qual comprou Neverland, ele dizia: “Porque é o lugar que nunca pude ter e que muitos meninos pobres e sem recursos também ansiariam poder ter. Para dar-lhes o mundo que eu nunca pude ter. O mundo da imaginação e da diversão sem consciência do tempo”.

Tony Urquidez, o construtor, foi contratado sem ter ideia de quem seria o dono do local. Só soube quando se reuniu, pela primeira vez, com Michael. Conta ele que a primeira coisa que o impressionou foi a voz calma e suave de Michael. Mas logo, logo, viu que Michael tinha ideias mirabolantes, e muitas, e tratou de concretizá-las. Tudo, em Neverland, foi planejado por Michael e algumas coisas a mais não puderam ser feitas, porque exigiriam muito mais tempo.




Tony foi enviado por Michael para os quatro cantos do país para buscar as coisas que Michael queria. As suas ideias, segundo Tony, vinham de parques temáticos que conhecia, de filmes e livros (“Ele é um grande leitor”, diz Tony).








Neverland possuía estrutura gigantesca e tinha mais de cem empregados, trabalhando em turnos, vinte e quatro horas por dia.

Possuía seu próprio corpo de bombeiros, seus seguranças, médicos, e o lixo lá produzido era processado, reaproveitado ou aterrado lá mesmo. E lá, existiam copos, pratos, enfim, souvenirs diversos com o símbolo da propriedade.



Neverland, de fato, foi um sonho de Michael tornado realidade, foi seu reino e, lá, ele viveu durante mais de dez anos.  Para lá, levou seus filhos ainda recém-nascidos.



O símbolo de Neverland possuía um leão e um unicórnio e estava presente em todos os lugares, desde o portão principal.


O lugar sempre recebeu turistas e, principalmente, excursões de crianças carentes, que se perdiam no tempo no parque de diversões, no teatro, no cinema, na pista de kart, tudo acompanhado de pipocas, doces, sorvetes à vontade.






Até que, em 18 de novembro de 2.003, mais de setenta policiais invadiram o rancho, munidos de um mandado de busca e fizeram uma revista em todos os lugares, especialmente no quarto de Michael, à procura de indícios da prática de pedofilia, crime do qual ele era acusado.  O quarto de Michael foi devastado, o colchão de sua cama cortado, tudo, tudo, o que havia dentro jogado no chão.

Michael se apresentou à polícia dois dias depois, mas não chegou a voltar ao rancho.  Por telefone, seus empregados lhe avisaram do estado em que estava seu quarto e lhe pediram que não retornasse naqueles dias.  Naquele momento, Michael decidiu que não voltaria.  São suas palavras:  “Lá deixou de ser um lar, agora, é uma casa, apenas”.  E, assim, o sonho acabou.

A propriedade foi abandonada nas mãos dos representantes de Michael, que deixaram de pagar impostos e encargos trabalhistas.  Os processos choveram e Neverland foi penhorada.  Já com data do leilão marcada, Michael conseguiu evitar a sua perda, unindo-se à empresa Colony, de Tom Barrak.  Atualmente, no entanto, a propriedade não tem, mais, a beleza de antes, está semi-abandonada.


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