quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Conrad Murray é o culpado pela morte de Michael Jackson diz especialista


Especialista diz que Conrad Murray é o culpado pela morte de Michael

Um cardiologista colaborador do Medical Board of California, o organismo que regula a prática da medicina na Califórnia, afirmou nesta quarta-feira que o médico Conrad Murray foi o responsável pela morte de Michael Jackson por cometer sérias negligências.

O médico Alon Steinberg protagonizou a sessão na Corte Superior do condado de Los Angeles onde Murray enfrenta acusação de homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte do rei do pop e pelo que pode ser condenado a quatro anos de prisão.

Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009 vítima de uma overdose de remédios, especialmente pelos efeitos do anestésico hospitalar propofol que Murray dava ao cantor para combater a insônia.

Steinberg, quem tentou criar empatia com o júri, defendeu com veemência sua tese de que o médico particular de Michael foi o responsável pelo o que ocorreu com o artista, uma conclusão à qual chegou após estudar as justificadas do acusado durante a investigação.

"Se Conrad Murray não tivesse desviado os padrões médicos de seis maneiras diferentes Michael Jackson estaria vivo", garantiu Steinberg, para quem o primeiro erro cometido por Murray foi administrar propofol ao cantor.

"Nunca ouvi falar de nenhum médico que usasse propofol para tratar insônia, isso é uma grave negligência" apontou Steinberg, quem culpou Murray também de não ter o equipamento necessário para controlar o estado do paciente nem para atendê-lo corretamente em caso de complicações.

A testemunha recriminou o médico por se ausentar do quarto e deixar o paciente sedado sozinho, o que considerou o mesmo que abandonar sem vigilância um bebê dormido.

Steinberg considerou que Murray se equivocou ainda na hora de atender o cantor quando se deu conta de que algo não estava bem.

"Ele não seguiu os protocolos. É estranho que um médico não ligar para o 911 (telefone de emergência nos Estados Unidos). É um conhecimento básico. Ao invés disso chamou o assistente de Michael", disse e acrescentou que Murray também não soube fazer de forma correta a reanimação do artista.

O depoimento de Steinberg, muito duro com o acusado, aconteceu no mesmo dia em que os advogados de Murray se retrataram da teoria de que Michael Jackson poderia ter morrido ao beber propofol quando o médico estava ausente, como especularam durante o processo.

A retratação aconteceu depois que um relatório independente encomendado pela defesa concluísse que a ingestão do anestésico não teria provocado efeito letal, apesar dos advogados cogitarem que Michael se injetou propofol devido ao fato de ser viciado em remédios.

A Promotoria considera que Murray administrou a Michael Jackson a dose de medicamento que o matou e posteriormente tentou esconder as evidências do ocorrido.

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